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CVS e IAL iniciam monitoramento de resíduos de agrotóxicos em água

22/06/2020


O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e o Instituto Adolfo Lutz (IAL), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, deram início ao monitoramento de resíduos de agrotóxicos em amostras de água destinada ao consumo humano, em todo o estado.

A iniciativa tem o propósito de ampliar a vigilância da potabilidade da água no território paulista no âmbito do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano no Estado de São Paulo (Proagua) que monitora sistematicamente – por meio de coletas de amostras pelas vigilâncias sanitárias municipais e análises realizadas pelas regionais do IAL ou outros laboratórios de Saúde Pública – sete parâmetros básicos de potabilidade: pH, cloro, turbidez, cor, fluoreto, coliformes totais e Escherichia coli Conforme demanda, em razão de cenários específicos de risco, o Proagua faz também campanhas específicas de monitoramento, como a que vem sendo realizada para avaliar os teores de nitrato em mananciais subterrâneos.

Quanto aos agrotóxicos, ciente da importância e da complexidade do assunto, o Centro de Vigilância Sanitária firmou, em 2011, uma parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo para a realização de estudos destinados a subsidiar a elaboração de protocolos de vigilância de resíduos de agrotóxicos em água de abastecimento público. Os resultados dessas pesquisas estão consolidados no portal Ariadne – Sistema de Informações sobre Agrotóxicos, concepção de Rubens Mario Junior, Diretor do Grupo Técnico de Saneamento da Divisão de Meio Ambiente do CVS.  A inclusão das análises de resíduos de agrotóxicos em amostras coletadas no âmbito do Proagua é um avanço significativo para a vigilância, na medida em que aprimora o conhecimento e respalda as ações de controle do risco sanitário no território paulista, segundo Denise P. B da Veiga, assessora de Meio Ambiente do CVS.

Para Cristiane Rezende, também envolvida no projeto, os entendimentos e articulações da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) com representantes da Promotoria Pública e da Procuradoria da República se mostraram essenciais para iniciar a vigilância dos agrotóxicos no estado de São Paulo.

Com a participação do Instituto Adolfo Lutz, que também tem aprimorado pesquisas e metodologias voltadas à detecção de resíduos de agrotóxicos em água, a partir do segundo semestre de 2020 serão colhidas amostras de água provenientes dos Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) dos municípios localizados na Bacia Hidrográfica dos rios Sorocaba e Médio Tietê, da área de abrangência dos Grupos Estaduais de Vigilância Sanitária (GVS) de Sorocaba e Botucatu.

O material para as coletas já foi adquirido e será enviado aos GVS citados, que se encarregarão de fazê-lo chegar aos municípios participantes dessa primeira etapa. Ao longo de 2021 serão contemplados, paulatinamente, outras bacias hidrográficas, respectivos GVS e municípios.

Para conhecer mais sobre a vigilância de resíduos de agrotóxicos na água, realizada no estado de São Paulo clique aqui