Notícias

Saúde de Botucatu conquista prêmio nacional

01/12/2014


O Grupo de Vigilância Sanitária de Botucatu (GVS XVI) parabeniza a equipe do CEREST e da Vigilância Sanitária do município de Botucatu pelo prêmio de melhor trabalho apresentando na 14ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), na categoria “Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador”. 

O evento, organizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, foi realizado de 28 a 31 de outubro passado, em Brasília, e reuniu mais de 3 mil participantes com o objetivo de reconhecer serviços de saúde do SUS que se destacaram pelos resultados alcançados em atividades relevantes à Saúde Pública.

O trabalho “Saúde do trabalhador da construção civil: a experiência de atuação intra-setorial de Botucatu” foi apresentado por Teresa Cristina Marinho, engenheira do Cerest de Botucatu. A excelente colocação proporcionou a premiação de R$ 50 mil ao Cerest Botucatu, que será repassado ao Fundo Municipal da Saúde.

A iniciativa contribuiu para a mudança efetiva nas condições de trabalho no setor da construção civil no município minimizando os riscos de acidente e conseqüentes agravos à saúde dos trabalhadores. 

Resultado na prática:

Nos últimos cinco anos o número de obras (públicas e privadas) acompanhou o crescimento de Botucatu. Porém as denúncias na construção civil também aumentaram. De acordo com o Cerest, em 2011, as denúncias no setor representavam 13% do total e passaram para 31% em 2012.

O trabalho desenvolvido pelo Cerest neste período envolveu três grandes construtoras da Cidade, 21 empreiteiras e mais de 600 trabalhadores em 12 obras executadas. Diante deste cenário, ao invés de verificar caso a caso, o Cerest e a Vigilância Sanitária optaram por mapear as principais obras em execução no Município, as construtoras responsáveis e suas respectivas empreiteiras. 

A partir deste mapeamento, todas as empresas foram convocadas para reunião informativa em que foram abordados temas como “Situação dos alojamentos dos trabalhadores da construção civil evidenciadas em Botucatu e sua adequação em relação à legislação”; “Amianto: riscos à saúde e proibição do uso de materiais contendo esta fibra no Estado de São Paulo” e “Boas práticas na manipulação de alimentos”. 

O diferencial desta forma de trabalhar, segundo os profissionais envolvidos neste trabalho, é a inversão da lógica uma vez que as empresas agora têm a possibilidade de corrigir as irregularidades antes de serem fiscalizadas ou denunciadas ao Cerest, Vigilância Sanitária, Sindicato ou Ministério do Trabalho. 

Os profissionais ainda relatam que, ao trabalhar desta forma, conseguem abranger todo o efetivo de trabalhadores das construtoras e empreiteiras, o que seria impossível em fiscalizações pontuais. Isso reflete um amadurecimento da equipe técnica, que vem sendo tecido ao longo dos anos, e está em consonância com a Política de Saúde do Trabalhador atualmente em vigor. (fonte: acontecebotucatu 2014)