Água


A oferta de água em quantidade e qualidade adequada é fator imprescindível para a prevenção de riscos à saúde e melhoria da qualidade de vida da população.

Por este motivo, o setor saúde assumiu historicamente papel ativo na vigilância da qualidade da água para consumo humano. Esta atribuição adquire alto grau de complexidade em um estado como São Paulo, que conta com 41,2 milhões de habitantes, taxa de urbanização de 95,9% e o maior parque industrial do país.

Neste contexto, ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano no Estado de São Paulo devem estar baseadas em atuação intersetorial e integradora para que se obtenha resultados efetivos, uma vez que a gestão das águas é assunto que interessa a toda a sociedade.

O Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano do Estado de São Paulo (Proágua), implantado em 1992 sob coordenação do Centro de vigilância Sanitária, tem por objetivo principal garantir a qualidade da água consumida pela população paulista de modo a prevenir doenças de veiculação hídrica.

O Proágua vem ao longo destes 20 anos procurando se aperfeiçoar de modo a adequar e direcionar suas ações à dinâmica e complexidade próprias ao Estado de São Paulo. Isto implica atuar na compreensão dos fatores que interferem na qualidade dos mananciais, na avaliação de riscos dos sistemas produtores de água, no conhecimento da qualidade da água produzida pelos sistemas e na avaliação dos impactos do consumo da água.

O Proágua não se limita à avaliação e gerenciamento dos riscos associados ao consumo de água produzida pelos sistemas de abastecimento, aqueles sobre responsabilidade do poder público.
Apesar da ampla cobertura de saneamento, a vigilância das soluções alternativas - modalidade de abastecimento que envolve, entre outras, as fontes e poços comunitários, os veículos transportadores e as instalações condominiais em geral - ainda é de vital importância para a prevenção de riscos à saúde no Estado de São Paulo.

O uso racional da água disponível nos mananciais é uma prática fundamental para que se garanta o pleno acesso da população à uma água com qualidade. Desta forma, a gestão de recursos hídricos é também assunto de interesse da vigilância sanitária e estratégia para prevenção de riscos e promoção da saúde.

O reuso de água é outro assunto que vem assumindo importância no contexto geral de uma gestão mais racional de recursos hídricos, especialmente nos grandes centros urbanos do estado, tratando-se de prática já consolidada e em franca expansão que traz implicações sanitárias quando não adequadamente implementada.

Dentre os múltiplos usos dos recursos hídricos, está enquadrada a água para fins recreativos, que envolvem, entre outros, as piscinas e os pesqueiros.