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Regional de Botucatu capacita técnicos municipais das vigilâncias sanitárias sobre o Controle Integrado de Pragas (CIP).

29/06/2017


O Grupo de Vigilância Sanitária de Botucatu (GVS XVI) realizou no dia 22 de junho deste ano, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos, Capacitação em “CIP” – Controle Integrado de Pragas para os técnicos das Vigilâncias Sanitárias (VISAs) de 30 municípios.  O evento também contou com a participação dos responsáveis técnicos das empresas Controladoras de Pragas (CIP) da região, responsáveis das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar de 03 hospitais e interessados no assunto da nossa região, totalizando 46 participantes.

O palestrante pesquisador Antonio Francisco Godinho, do Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), unidade auxiliar do Instituto de Biociências (IB) da UNESP - Campus de Botucatu, pesquisa produtos tóxicos usados do nosso dia a dia que interferem no sistema neurológico, como os inseticidas, raticidas e outros praguicidas, que além de alterações neurológicas produz também alteração no sistema endócrino e aumento de casos de câncer em crianças e pessoas jovens. Sua exposição enfatizou o uso indiscriminado dos produtos pelos profissionais ocupacionalmente expostos, uso dos produtos com concentração alterada, mistura de substâncias impróprias aumentando ainda mais a toxicidade e inversão de uso de produtos que deve ser usado somente na lavoura e faz uso na cidade.  

A segunda palestrante Yara Goulart - Engenheira de alimentos do GVS 33 de Taubaté, falou sobre uso adequado de EPI’s e legislação sanitária das empresas controladoras de pragas finalizando com orientações para inspeção e controle do risco nestes estabelecimentos e o perigo de produtos clandestinos.  Sua exposição sanou muitas dúvidas sobre essa área para os participantes.

Um dos obstáculos enfrentados nessa área é o descaso com o uso dos produtos que são tóxicos para a saúde tanto de quem aplica (trabalhadores) como de quem recebe o uso desses produtos (clientes) e para o meio ambiente. Essa exposição constante e frequente torna-se prejudicial à saúde favorecendo o aumento de doenças neurológicas como (Parkinson, Alzheimer, ansiedade, depressão, ELA, diminuição de QI nas crianças e outras) doenças endócrinas (alteração de hormônios sexuais, hormônios da tireoide, hormônio do sono e outros mais), provoca aumento do número de câncer em todas as faixas etárias inclusive crianças.

 A ocorrência de intoxicações a comportamentos inadequados (“descuido”, “desatenção”, “imprudência”...) dos trabalhadores, deixando de lado o uso de EPI’s, mistura de substâncias diferentes sem critérios técnicos de segurança, guarda inadequada de produtos, má informação sobre a aplicação, aumenta o risco de acidente de trabalho e da população exposta.

Essa capacitação visou estimular a mudança de comportamento (“prestar mais atenção, tomar mais cuidado, reforçar o treinamento”, entre outros aspectos) priorizando as medidas de prevenção, uso correto dos produtos e principalmente coerência, prudência e cuidado ao meio ambiente, contribuindo na diminuição de agravos relacionados a intoxicações por produtos utilizados nessa área de controle de pragas.