CVS publica Alerta Terapêutico em Farmacovigilância sobre riscos associados ao tratamento da Diabetes Mellitus não insulino dependente

12/03/2014

O Núcleo de Farmacovigilância do Centro de Vigilância Sanitária (NFV/CVS) publicou hoje em Diário Oficial do Estado o “Alerta Terapêutico em Farmacovigilância 01/2014 – Risco de Pancreatite e Neoplasia Pancreática associado à terapia baseada nas Incretinas”, dirigido em especial aos profissionais de saúde.

Dentre as opções terapêuticas para o tratamento da hiperglicemia em pessoas com Diabetes Mellitus não insulino dependente (Tipo 2), a mais recente refere-se à terapia baseada em medicamentos da classe das Incretinas. No Brasil estão aprovados para comercialização vários produtos, dentre eles o Victoza®, Byetta® e o Galvus®.

Desde julho de 2010, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) alerta sobre o perfil de segurança destes medicamentos. A principal preocupação era a ocorrência de eventos adversos cardio e cerebrovasculares, pancreatite e neoplasias pancreáticas, associados ao uso destes produtos. Recente estudo publicado na revista americana Diabetes relatou a ocorrência de eventos adversos em alguns pacientes. Devido a tais achados, a agência regulatória americana (FDA) publicou alerta de segurança indicando possível associação entre o uso de terapia baseada nas incretinas e o aumento do risco de pancreatites e neoplasia pancreática.

Neste cenário, o NFV buscou evidências de eventos graves relacionados ao uso desses medicamentos entre as notificações recebidas por meio do sistema eletrônico de notificação implantado no Estado de São Paulo - PERIweb –  que tem permitido a divulgação de sinais de segurança para uso destes e de outros produtos no mercado.

O Alerta publicado tem por objetivo destacar aos prescritores a importância de observar a indicação terapêutica aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso desses produtos, que inclui exclusivamente  o tratamento da DM não insulino dependente, com intuito de evitar a exposição desnecessária dos pacientes/usuários aos riscos acima descritos.

Acesse aqui a íntegra do Alerta Terapêutico 01/2014.