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Dia Mundial da Tuberculose 2017

05/04/2017


A Divisão Técnica de Vigilância Sanitária do Trabalho-Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do CVS participou no dia 28 de março do evento “Dia Mundial da Tuberculose-2017” promovido pelo Centro de Vigilância Epidemiológica. O Prof. Dr. Marcelo Pustiglione, médico do trabalho da DVST-CEREST Estadual, proferiu a palestra “Tuberculose: um desafio para a saúde ocupacional. Onde estamos e o que pretendemos alcançar”, discorrendo sobre o risco de contágio ocupacional e sobre o protocolo de ações de prevenção da doença em trabalhadores de serviços de saúde.

De acordo com os dados do Programa de Controle de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica – SES/SP (TB - WEB), considerando os anos de 2006 a 2016, são notificados em média 210 casos novos da doença em trabalhadores de serviços de saúde. Diante deste cenário faz-se necessário a implantação de um Protocolo de Prevenção de Tuberculose Ocupacional (PPTO) com o objetivo de constituir um instrumento para promover e preservar a saúde do conjunto dos trabalhadores potencialmente expostos ao Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch ou BK).

Desde o inicio da década dos anos setenta do século passado vários autores apontam a tuberculose (TB) como risco à saúde dos trabalhadores de serviços de saúde. MORRONE ET AL (1977) relatam que estes profissionais têm quatro vezes mais chance de adoecer por TB que a população em geral. ROTH ET AL (2005), estudando 4.419 profissionais de saúde em atividade em quatro hospitais verificaram que a taxa de teste tuberculínico positivo foi de 63,1%, e a conversão foi de 8,7% (10,7 por 1.000 pessoas/mês). Os fatores de risco associados à conversão ao teste tuberculínico foram exposição nosocomial a paciente com TB pulmonar, categoria profissional de enfermeiro e ausência de medidas de biossegurança implantadas no hospital. TEIXEIRA & OLIVEIRA (2011) apontam (a) taxa de infecção muito elevada entre profissionais da saúde, o que se torna em objeto de preocupação tanto para a equipe de controle de infecção do ambiente de saúde quanto para os profissionais de segurança do trabalho; (b) uma taxa de positividade ao teste tuberculínico de 26,7 % nos profissionais de saúde, tendo a maioria (16) desses trabalhadores contato direto com paciente com tuberculose bacilífera; e (c) que os profissionais com menos de quatro anos de exposição ao bacilo apresentavam taxas maiores de positividade ao teste.Prof. Dr. Marcelo Pustiglione

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prof. Dr. Marcelo Pustiglione